A diversidade é inerente ao ser humano. É o conjunto de diferenças e semelhanças que caracterizam cada um de nós.
Somos biologicamente diferentes porque temos um genoma que varia de pessoa para pessoa. A informação genética transmitida de pais para filhos é diferente em todos os seres vivos, nos tornando geneticamente diferentes.
Os nossos cérebros também são fisicamente diferentes uns dos outros, não só por definições genéticas, mas por consequência de todas as experiências que vivemos desde a fase intrauterina e que vão formando a sua estrutura.
Somos também intelectual e culturalmente diferentes. Nascemos, crescemos e vivemos em contextos socioculturais variados que nos proporcionam possibilidades diferentes de interação uns com os outros e com os ambientes, o que se traduz em formas distintas de estar, pensar, de ser e de nos comportarmos.
Somos diferentes sob a ótica individual. O resultado de nossas singularidades biológicas, cerebrais e culturais nos dá um ponto de vista próprio, uma visão única de mundo na forma de interagir com os acontecimentos e, de atribuir significados e valores às pessoas e às coisas.
Vivemos em um mundo marcado pela diversidade em todos os sentidos. O diverso é algo que compõe a condição humana.
Mas o maior problema é justamente a forma como nós lidamos com o diferente, com o outro.
Como a diversidade é uma característica de todos nós, e não de alguns de nós, diversos não são os que estão em situação de vulnerabilidade, desvantagem ou exclusão. Se há alguém excluído significa que estamos cometendo injustiças. E a justiça não está em incluir os que ficaram do lado de fora por serem diferentes, mas, sim, em conviver com as diferenças através da aceitação, do respeito, da compreensão, transformando nossa sociedade em uma sociedade integrante aonde existe a convivência respeitosa entre as diferenças.
A intolerância é um comportamento violento física ou simbolicamente, motivado pelo ódio ao outro, baseado na dificuldade de entender e aceitar diferenças. Ela pode ser étnica, política, de gênero, de classes, religiosa, sexual, cultural, social, não importa.
Mas não basta tolerar. Incluir é gesto que considera a existência do outro, reconhece que há outras perspectivas além da sua ou do padrão dominante.
Incluir é gesto que exige a disposição de todos para o diálogo, a troca, o enriquecimento mútuo, algo que acontece quando consideramos que existem outras possibilidades de ser, de pensar, de saber, de fazer, enfim, de existir!
Através da compaixão e da empatia, do olhar sem julgamentos, podemos aprender mais uns com os outros, valorizar a diferença e a ampliação de horizontes que ela representa em nossas vidas.